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5 de outubro de 2020

Aéreas concordam: nunca dependemos tanto do agente de viagens.

Vender, diagnosticar as demandas e acima de tudo informar com credibilidade. Se antes da pandemia as companhias aéreas brasileiras já tinham nas vendas indiretas, principalmente via agências de viagens, a maior fatia de sua receita, hoje esta dependência é ainda maior. Azul, Gol, Latam e VoePass estão de acordo sobre o protagonismo dos agentes de viagens na condução da retomada.

VENDER
“Vocês são nossa receita, nós precisamos de vocês”, afirmou o presidente da Azul, John Rodgerson, no painel Voar é Seguro, transmitido nesta segunda-feira, durante o Abav Collab. “A melhor coisa que podemos fazer aos agentes agora é voar, pois assim damos a eles mais produtos para vender. Não só agentes de viagens, mas a economia depende de nós. Do fabricante de avião em uma ponta ao vendedor de queijo na praia da Bahia na outra”, exemplifica.

A presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, acrescentou: “pelo menos 60 setores da economia são diretamente impactados pelo Turismo. Há quem diga, inclusive, que chega a ser o dobro disso”, apontou. “Fato é que somos seus melhores vendedores, portanto insiram os agentes de viagens em todo o processo de retomada de vocês.”

INFORMAR – É SEGURO VIAJAR
Presidente da Gol, Paulo Kakinoff não só concordou com Magda como falou em uma relação de interdependência completa. “Nós dependemos mutuamente do êxito do agente de viagens, portanto diariamente estamos perguntando aos parceiros o que podemos fazer a eles, pois o que queremos deles já sabemos: qualidade na informação”, ponderou.

O que Kakinoff quis dizer é que grande parte dos brasileiros quer viajar, precisa viajar, não precisa de mais motivação para isso, além de ter os recursos para voar a um destino de férias, mas o que está o deixando em casa é o receio.

“O melhor agente para resolver esta situação paradoxal é justamente o consultor de viagens. O profissional, o especialista que está bem informado, que passa credibilidade, sabe da segurança de voar, dos rigorosos protocolos de todas as companhias aéreas, hotéis, receptivos e demais players envolvidos. É ele quem vai tirar esse receio do consumidor, pois ele é o transmissor da informação. Se antes discutíamos questões de tarifa, remuneração e outros aspectos, agora não precisamos disso. Precisamos, isso sim, trazer informação factual que diminuta, que mitigue essa desinformação, que elimine as fake news.”

Segundo ele, o cliente está reservando com menor antecedência nestes tempos de pandemia. “O viajante a lazer antes planejava em uma média de cinco meses antes de embarcar. Hoje as reservas são para daqui 15 dias ou até menos.”

DIAGNOSTICAR A DEMANDA
Um dos maiores desafios das companhias aéreas brasileiras tem sido diagnosticar a demanda da retomada. As malhas foram tão alteradas que, ao retomar, o risco está na materialização ou não da demanda. Nas rotas de lazer, esta tarefa é ainda mais difícil, e os executivos presentes no painel concordam que nenhum canal melhor do que o indireto para ser termômetro desta demanda.

“Nós priorizamos o Norte do Brasil na retomada, pois identificamos que pequenas cidades da região ainda estavam com o transporte fluvial comprometido. Depois de inseridos na malha, vimos que a estratégia foi acertada graças aos agentes de viagens”, afirmou o CEO da VoePass, Eduardo Busch.

“E assim será: colocar produto, entender a demanda, ver se ela existe, e paulatinamente melhorar o produto para impulsioná-la. Estamos em momento de retomada e saída da crise. A retomada tem acontecido antes do programado, e contamos com o apoio de vocês”, clamou o executivo.

INFORMAR – POLÍTICAS DE REMARCAÇÕES
CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier concordou com todos os painelistas e mencionou outro aspecto em que o agente de viagens é essencial como hub de informações.

“Além de tirar todas as dúvidas em relação à insegurança, além de eliminar as fake news, esse profissional é essencial em relação à flexibilidade das tarifas. Muitos clientes não estão seguros quanto ao crédito que eles têm junto ás companhias aéreas, e os agentes precisam garantir que os bilhetes têm validade, que não serão lançadas novas tarifas, que aquele dinheiro não é perdido.”

Fonte: https://www.panrotas.com.br/aviacao/eventos/2020/09/aereas-concordam-nunca-dependemos-tanto-do-agente-de-viagens_176936.html